Que ninguém se sinta obrigado a ler este blog... a sério, só o fiz para ver como é, para publicar aquilo que me vem à cabeça... o que nem sempre é interessante. Ne vous sentez pas obligés de lire ce blog... je l'ai fait uniquement comme expérience, pour publier ce que je considère intéressant. Et tout est relatif. Surtout l'intéressance. Bref, bienvenue à mon blog! Bem-vindos ao meu blog!

sábado, novembro 21, 2009

TV II

Escrevi o post precedente para falar do único reallity-show que gostei de ver e esqueci-me :P

O tal "reallity show" talvez não deva ser referido como tal, embora o formato seja o mesmo. Chamava-se "Prison" e durou para aí um mês (cheguei a meio). Os protagonistas eram jovens delinquentes (menores, entre os 14 e os 17 anos), que tinham sido acusados de crimes como tráfico de droga, assaltos, lutas de rua, etc. e eram portanto considerados como estando em vias de se tornarem criminosos. Era-lhes aqui dada a "oportunidade" de passarem um mês na prisão, cada um na companhia de um "padrinho". Os "padrinhos" eram ex-prisioneiros, criminosos reabilitados, que se voluntariaram para participar no projecto. A ideia é, por um lado, permitir aos jovens verem o que lhes espera se se continuam a portar mal, e por outro dar-lhes a possibilidade de partilhar a experiência com os tais antigos criminosos, com os quais podem desabafar sobre a situação em que se encontram. Os padrinhos também podem contar as suas experiências da vida prisional assim como da reabilitação social. Muitos dos rapazes tinham crescido sem figura paterna, e aqui tinham de certa forma a oportunidade de ter uma. Eram acompanhados por psicólogos, e faziam sessões de "terapia de grupo", em que se encontravam todos, com os padrinhos e os psicólogos à mistura, para fazer o ponto de situação, e do que aprenderam e puderam realizar durante a "estadia".

Gostei da forma como estava feito, deu para ver uma evolução tanto no comportamento dos rapazes, como na relação de cumplicidade que acabam por conseguir estabelecer com os "padrinhos", com os psicólogos e com os guardas prisionais.

Também deu para ver como é a vida na prisão, do ponto de vista dos prisioneiros, há muita coisa de que eu não tinha noção nenhuma. Um dos ex-criminosos contou por exemplo que um dos momentos mais estranhos que teve ao sair da prisão foi o de acordar de manhã, já em casa dele, e de ficar à espera, sentado na cama, durante horas, que alguém lhe abrisse a porta do quarto.

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