Que ninguém se sinta obrigado a ler este blog... a sério, só o fiz para ver como é, para publicar aquilo que me vem à cabeça... o que nem sempre é interessante. Ne vous sentez pas obligés de lire ce blog... je l'ai fait uniquement comme expérience, pour publier ce que je considère intéressant. Et tout est relatif. Surtout l'intéressance. Bref, bienvenue à mon blog! Bem-vindos ao meu blog!

sábado, janeiro 30, 2010

Neve e meia idade

Hoje o meu projecto era ir ao centro comprar tinta para a minha caneta de tinta permanente. E já agora tirar umas fotografias no meu novo rolo. O problema é que acordei com uma certa moca - é o que dá dormir com o nariz tapado, parece que a cabeça aumentou três vezes de volume durante a noite. Portanto só acabei por sair de casa pelas 2h15 da tarde e não deu para fazer grandes compras, dado que nesta terra as lojas ao Sábado fecham às 15h.
Pelo caminho do centro assisti a duas coisas insólitas. A primeira foi um senhor a fazer ski de fundo. O que era insólito era o facto de o senhor fazer idas e vindas no mesmo sítio. Skiava para um lado, dava meia volta, e skiava para o outro. Quando dava meia-volta parecia um pinguim.
A segunda foi outro senhor a fazer jogging com ténis nas mãos. Ou melhor, as mão metidas em ténis. A primeira coisa que me ocorreu foi olhar para os pé dele - estaria a correr descalço? Mas não, tinha ténis também nos pés. Por isso o mais provável é existir um exercício de jogging de corrida a quatro patas. A neve tem efeitos estranho nas pessoas de meia-idade, pelo vejo por aqui.

Aqui ficam as fotos do trajecto entre minha casa e o lab:
Voici quelques photos du trajet entre chez moi et le labo:

Neve ao fundo do túnel... neige au fond du tunel...

Espaço onde costuma estar os cavalos aqui da escola de equitação. Ao fundo há um campo de futebol que eu nunca tinha visto antes das árvores ficarem sem folhas.
Enclos où d'habitude on voit les chevaux de l'école d'équitation. Au fond il y a un terrain de foot que je n'avais pas remaqué avant que les arbres ne perdent leurs feuilles.

O eterno observatório de Astronomia. L'éternel observatoire d'Astronomie.

sexta-feira, janeiro 29, 2010

regresso às aulas?

Hoje acaba a primeira semana da Stem Cell Research School, em que tivemos "lectures" dadas por investigadores do centro. Deu para termos uma visão geral do que se estuda nesta área, e das diferentes aplicações dos diferentes tipos de células estaminais. Também tivemos algumas aulas sobre coisas como "segurança no laboratório"e "good scientific practice". Esta última era para nos ensinar a não traficar resultados, a não plagiar, etc.
O que nos deu a aula de segurança no laboratório era um antigo cientista (não parecia, pelo vocabulário, mas enfim) com pinta de robocop, que parecia todo satisfeito por aparecer em público. Fartou-se de repetir montes de vezes as mesmas coisas e saiu-se com umas frases fantásticas, tais como a rotina é algo bom, "because without it you must think all the time. It's complicated." Outra com a qual me ri foi a propósito das lentes de contacto, se salpicar ácido ou base para os olhos, reage com as lentes, que ficam coladas aos olhos "and when you take it out you will have a piece of your eye comming with it".
Mas de resto na sua maioria as aulas foram interessantes e muito bem dadas. E ontem tivemos uma jantarada com os lecturers, estudantes, e doutorandos que também nos deram uns seminários sobre os projectos deles e a vida de doutorando. O jantar foi muito fixe, dei por mim a conversar tu cá tu lá com uma das orientadoras do curso e uma doutoranda originária de Montenegro, que achavam o português uma língua completamente diferente de tudo. Tentei explicar-lhes que era uma língua latina mas elas continuaram a dizer que soava mais a russo do que a outra coisa qualquer.
No fim do jantar ficámos alguns estudantes de Mestrado a beber cerveja e a comer batata frita (não havia tremoços ;) com uma doutoranda e um dos orientadores do curso. Conversa muito animada. No fim ficámos de ir sair hoje à noite mas eu fiquei meio doente por isso não fui, não sei se chegou a haver saída.
Amanhã ponho no blog mais fotos do meu rolo revelado e começo um novo. Mas não contem com as fotos novas antes de para aí um mês ;)

quarta-feira, janeiro 27, 2010

Neve e mais fotos

Hoje nevou de manhã à noite. E durante a tarde até assisti a uma tempestade de neve, das janelas do lab só se via branco, com uns flocos de neve gigantes a voar furiosamente em primeiro plano. O facto é que saí do lab para voltar a pé para casa... com uma camada de 15 cm de neve fresca. Sprotche sprotche sprotche. E pessoas a empurrar bicicletas, visto que assim é impossível pedalar. Os suecos com quem falei disseram-me que nunca viram tanta neve durante tanto tempo em Lund.

Aqui ficam algumas das fotos que tirei no meu passeio ao Fäladstorget :)

Voici les photos que j'ai pris pendant ma promenade au Fäladstorget:

Um dia apetitoso (mas FRIIIIOO!!!!!!). Un jour apétissant (mais TELLEMENT FROID!!!!!)

Igreja do Fäladstorget. Église du Fäladstorget.

Regresso a casa. Retour à la maison.

terça-feira, janeiro 26, 2010

FOTOS!!

De vooooooltaaaaa!!!! ... E com fotos!! (devem-se ter esquecido do meu rolo algures, mas pelos vistos apareceu)

Hoje mostro as fotos da minha chegada à Suécia (atenção que vou fazer render o peixe...)

Aujourd'hui je vous montre les photos que j'ai prises à mon arrivée en Suède, vu que mon film est ENFIN développé!!

Costa dinamarquesa vista do avião. Côte danoise depuis l'avion

Neve!! Neige dans la campagne danoise!!

Comboio Copenhaga - Lund, pôr do sol no mar!! Train Copenhague-Lund, coucher de soleil sur la mer!!

Malmö

Malmö com o canal gelado. Canal de Malmö glacé

terça-feira, janeiro 19, 2010

Diz que é uma espécie de carreira académica - ou a selva do mundo lá-fora

Ontem tive a primeira aula do curso preparatório da stem cell research school. Correu bem, foi mais uma aula de apresentação, para ficarmos a conhecer os profs e os outros estudantes.

Hoje tivemos o "Academic Career Day", um conjunto de seminários sobre estratégias para a nossa carreira no mundo académico. Foi muito interessante (embora os suecos tenham uma maneira de falar que dá vontade de dormir - foi da maneira que me fartei de tirar apontamentos), e vou escrever o que aprendi, porque pode ser útil para qualquer pessoa (não só investigadores) e porque assim arrumo as ideias.

Os primeiros seminários foram sobre as estratégias de recrutamento da Fac de Medicina da universidade de Lund, o tipo de "positions" que exitem e as que vão sendo criadas em áreas estratégicas. Também sobre a "filosofia" e os valores da Universidade, e sobre o tipo de pessoas que querem para levar isto para a frente. Os objectivos são, claro, a excelência mas também a criação de redes e contactos com outras Universidades tanto na Suécia como no resto do mundo. Também há imenso a preocupação de existir igualdade de géneros (hoje em dia há praticamente o mesmo número de homens e mulheres) e a diversidade de "backgrounds" (tanto a nível científico como cultural). Preocupam-se com a formação não só de jovens estudantes dinâmicos e tal mas também de bons líderes e mentores. Para isto querem promover interacção entre as diferentes faixas etárias na Universidade, desde os estudantes de licenciatura aos investigadores "séniors". E dão muita importância ao ensino, a experiência no ensino é preponderante para o recrutamento de novos investigadores. Assim, deram-nos 4 aspectos chave que têm de ser postos em evidência num currículo: bom estudante, bom professor, bom líder, boa interacção com a sociedade não científica. Para além do resto, claro (publicações, experiência em investigação, etc.)

Também tivemos uma sessão de brain storming, sobre o que é que cada um considera uma boa carreira (ser feliz, ser reconhecido, gostar do que faço, etc). Falou-se na frustração de se gostar de áreas que não têm tanto reconhecimento e credibilidade e das quais se tem de abdicar por uma carreira; no problema dos "futuros prémios nóbeis" - malta que tem ideias tão maradas que ninguém quer financiar ou contratar, e que depois se revelam inovadoras - como identificá-los (qual a diferença entre o excêntrico simplesmente louco e o excêntrico futuro prémio Nóbel)?

Também deu para descobrir a importância de desempenhar, na Universidade, cargos para além de investigador/professor. Deram a imagem da árvore, mais vale te poderes segurar a vários ramos ao mesmo tempo, because it can become stormy, out there... Ser útil, ser generoso, quanto mais gente precisar de ti, melhor.

Depois começou a parte que já não me dizia tanto respeito - malta que falava da carreira académica a partir do ano 0. Sendo 0 o ano de defesa da tese de Doutoramento. É sempre bom e gratificante saber que me encontro no ano -5 (no melhor dos casos) da minha carreira académica... Falou-se em estratégias para post-docs, candidaturas a lugares de investigador, que tipo de bolsas existem para as diferentes fases da carreira, estratégias de publicação... Sobre isto estivemos a ouvir um consultor do "European Research Program", que também nos explicou a "multi-level lobbying approach" e falou sobre consórcios europeus de investigação. Aqui não achei grande piada o facto de ele nos dar exemplos em que realçava a ausência, nos consórcios, de países sul-Europeus e de Leste, como sendo algo óbvio e benéfico. Senti desprezo, mas enfim, talvez tenha percebido mal.

Também pudemos ouvir uma senhora do Swedish Research Council (SRC). Passou quase uma hora a mostrar gráficos que "demonstravam" que investigadores que obtinham bolsas do SRC tinham mais sucesso na carreira académica do que aqueles que obtinham bolsas de outras entidades, nomeadamente em termos de obtenção de financiamento externo posteriormente. Com base num inquérito a menos de 200 pessoas. Devo dizer que não percebi a relevância destes estudos, até porque ela foi incapaz de explicar o porquê deste fenómeno. Tem a ver com os critério de selecção deles? Com o facto de a obtenção destas bolsas conferir mais prestígio do que outras? Com o montante? Não sei. E estas hipóteses são minhas, ela não fazia ideia. Pelos vistos nem se deu ao trabalho de pensar nisto.

Houve uma coisa que achei particularmente interessante nesta última apresentação, e que penso que deveria ser implementada também em Portugal (se calhar já o é). Existem bolsas para investigadores que fizeram o Doutoramento na Suécia (podem ser de qualquer nacionalidade) e que queiram fazer um post-doc para o estrangeiro. Recebem financiamento durante 2 anos ou mais desde que voltem para a Suécia. Quando voltam, têm uma "position" garantida durante um ano. Isto como forma de importar tecnologia e saber sem perder tantos cérebros.

Outro conselho que achei relevante foi o facto de encorajarem os post-docs a começar logo a candidatar-se a bolsas de projecto. Como forma de treinar a escrita dos projectos, de ir juntando a documentação importante, e de aprender a ser rejeitado. Nunca me tinha passado pela cabeça "treinar candidaturas".

domingo, janeiro 17, 2010

Renas

A festa de ontem correu bem, embora tenha acabado à meia-noite... acabámos por isso a fazer e a comer um bolo de chocolate até às 3h da matina. Bom programa, altamente recomendável.
Hoje acordei portanto a horas indecentes e passei o dia a organizar a minha tralha dos apontamentos do lab. Jantei cedo, pelas 5h (é cedo até na Suécia), mas foi um bocado indigesto, porque estava uma miúda aqui do corredor a cozinhar carne de rena. Tem um cheiro hoooooooorrrrrríííííííííveeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeelllllll!!!!!!!!!!!!!! Não sei, parece carne de vaca só que com uma pitada de sovaco. Algo que não vou provar tão cedo.
Depois deste jantar cedo fui para o laboratório velar pelas minhas cérulas e quando voltei tive um jantar tarde. E amanhã começam as aulas do curso a que me tinha candidatado no semestre passado e no qual tinha sido aceite.

sábado, janeiro 16, 2010

Fiesta

Hoje vou a uma festa de Erasmus. Já que quando cheguei em Outubro já estava fora destes acontecimentos, infiltro-me agora. Vai ser aqui no bairro, no prédio Y, e vou com a nossa nova vizinha de corredor. Tem um nome de princesa indiana (uma panca dos pais, pelo que ela me explicou) e é parisiense. E estuda arquitectura. E não sabe fazer arroz (há pessoas ainda mais nabas do que eu na cozinha!!). Às tantas perguntei-lhe se era a primeira vez que estava a viver sozinha, ao que ela me respondeu: nota-se assim tanto?! Mas é muito porreira, disse-me logo para ir com ela à festa. Para eu ver mundo para além do corredor e do lab. Depois conto como correu.

Hoje também fui buscar as minhas fotos... que ainda não estão reveladas. Estes tipos são um bocado nabos, precisam de 7 dias úteis... que saudades do nosso fotógrafo da rua Augusta, com uma revelação em 2h. Por isso, fotos só para a semana. Lamento...

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Ginásio em Reykjavik

Um dia destes encontrei um postal na caixa do correio. Fiquei toda contente, é sempre bom receber postais. Tinha uma vista muito bonita de Reykjavik e no dorso dizia:

Hi from Reykjavik
Joe (uma data de que eu não me lembro)

...

Que Joe conheço eu em Reykjavik...? OK, vamos por partes: um Joe, em Reykjavik, um jovem provavelmente muito sucinto...

Enquanto me perdia nestes pensamentos profundos os meus olhos foram parar à morada. O destinatário (ou a destinatária) tinha um nome bastante diferente do meu e ilegível que não consigo reproduzir. Mas como o K do meu prédio tinha a metade de cima tapada pelo carimbo dos correios, deduzi que aquilo na verdade devia ser um R. Puz-me portanto a caminho do prédio R. Este encontra-se numa zona do meu bairro na qual eu nunca tinha estado. Pelo caminho deparei-me com um prédio rasteiro com uma fachada de vidro atrás da qual se viam duas sala. Uma estava cheia de jovens a correr em tapetes rolantes e a ver televisão, e outra tinha uma piscina com gente a nadar. Tendo em conta que no meu mundo era noite cerrada, estava tudo cheio de neve e eu estava enchouriçada (acho que é a primeira vez da minha vida que escrevo esta palavra) no meu casaco cheio de camisolas de lã por baixo, devo dizer que foi um momento surrealista.

Depois de entregar o postal na caixa do correio certa (a minha dedução genial K-R estava correcta) fui procurar a entrada do tal ginásio. A entrada (que também é saída)... é uma loja-bar tipo estação de serviço na qual estava uma menina (isto para não repetir jovem pela 3a vez) a encher um cachorro quente gigante de ketchup. E cá fora, ao lado da entrada, uma pizzaria. Um cheirinho provavelmente muito agradável para quem sai do ginásio ao fim do treino cheio de fome. Fantástico para quem anda a tentar manter a linha...

segunda-feira, janeiro 11, 2010

cenas de laboratório

Hoje aconteceu-me algo que pertence ao capítulo "momentos de comédia na Suécia". Foi daquelas alturas em que me senti como uma personagem de filme cómico, que fica a olhar com cara de parva enquanto o público ri.

Tinha de transferir vials do congelador de -80ºC para a arca de -150ºC. Nesta arca, temos, cada um de nós, uma caixinha de cartão, na qual metemos as nossas células congeladas em vials. Resumidamente, sempre que queremos meter vials novos, há que (1) abrir a arca, (2) retirar a caixa, (3) fechar a arca, (4) abrir a caixa, (5) meter os vials lá dentro, (6) fechar a caixa, (7) abrir a arca, (8) meter lá a caixa, (9) fechar a arca, tudo muito depressa. E tudo isto com uma luvas polares de tamanho único que me ficam enormes. Ia eu no passo (4) de abrir a caixa quando tudo aconteceu. É uma caixinha de cartão com uma tampa tipo a de um caixa de sapatos. Peguei na tampa e sacudi suavemente para a tirar da caixa. Mas não saía. Sacudi mais. Não havia meio. Irritei-me e sacudi ainda mais. Aí a caixa, com a tampa, saltou-me das luvas (literalmente) e foi disparada... para trás da arca. Ficou entre a arca e a parede. Para um local bastante inacessível.

Olhei em volta, não fosse alguém ter assistido a este momento, não vi ninguém. Subi para cima da arca e deitei-me para tentar ver se conseguia apanhar a caixa. Aqui convém especificar que me disseram para me sentar encima da arca quando a fecho para ter a certeza que está bem fechada. Achei portanto que não haveria problema em estar deitada encima dela de barriga para baixo. De qualquer forma, por muito que eu me esticasse, a caixa estava inacessível, visto que a arca é relativamente alta. Relativamente ao comprimento dos meus braços, entenda-se.

Segue um esquema explicativo:


Desci portanto da arca a pensar em como explicar isto à técnica. A rir (seria este o meu primeiro impulso)? Com um ar muito arrependido? Ou com o ar mais natural deste mundo, como se eu todos as manhãs atirasse caixas para trás de arcas, pois concerteza, todos nós o fazemos, é uma actividade indissociável do estatuto de biólogo. Enfim, a técnica não estava por perto, fui para outros afazeres. Passado um bocado decidi apesar de tudo arranjar uma alternativa sozinha. Voltei para a sala das arcas e procurei algo que me permitisse pescar a caixa. Lá encontrei numa prateleira uns ganchos que não sei para que serviam, e deitei-me encima da arca, de botas para o ar, a tentar pescar a caixa - e a implorar ao destino para que a minha supervisora não se lembrasse de passar por ali naquele preciso momento.

Consegui recuperar a caixa, meter para lá os vials , e arrumá-la na arca. Ninguém viu. Mas senti-me vitoriosa por me ter conseguido desenrascar sozinha. Só espero que ninguém tenha assistido sem eu me aperceber. Se voltar mais cedo para Portugal já sabem porquê...

PS: Será boa ideia publicar isto num blog...? Leiam depressa que o meu assessor de imagem não tarda vai descobrir isto.

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Post hebdomadaire (intermittent) en français

Je suis de retour à Lund depuis mercredi après de très agréables vacances de +15ºC à Lisbonne. Le seul problème des vacances a été l'excellente soirée de nouvel an où j'ai perdu mon appareil-photo digital, c'est pourquoi je n'aurai pas de photos à publier dans l'immédiat. Je continue néanmoins à prendre des photos avec un petit appareil analogique. J'ai trouvé un endroit où faire développer mon film et où on peu me faire un CD avec la version digitale des photos. Donc dans une semaine ou deux mon blog reprendra de la couleur.

À Lund la neige que j'ai vu tomber en décembre tient encore, et il neigeait quand je suis arrivée mercredi. Depuis il fait un froid de canard et un soleil radieux, ce qui fait que j'ai pu me promener un peu, faire quelques courses, et me retrouver des repères.

Aujourd'hui je suis allée pour la première fois au Fäladstorget, un endroit au milieu du parc où se trouve aussi ma résidence et où il y a (presque) tout ce dont on peut avoir besoin: pharmacie, parc de stationnement, bancomate, dentiste, supermarché, fleuriste, etc. Je n'y était encore jamais allée vu que c'est un peu au milieu du "rien" et je me suis déjà assez perdue en Suède, pas la peine d'aller encore me perdre dans la forêt. Il faut dire qu'avec les arbres sans feuilles c'est plus simple de voir ce qu'il y a autour des chemins et après tout il y a pas mal de monde, contrairement à ce que j'imaginais. J'ai pris plein de photos que vous pourrez voir quand j'aurai fait développer mon film. Suspense...

Fäladstorget

Apesar dos -18ºC de mínima anunciados ontem para hoje, não resisti ao sol radioso e fui explorar os bosques que estão aqui por detrás do meu bairro. Fixei-me como objectivo chegar ao Fäladstorget, de que já tinha ouvido falar mas que ainda não tinha tido coragem de procurar, visto que o imaginava como um largo com supermercado, correios, farmácia, etc no meio do mato e não estava para me perder outra vez.

A verdade é que com as árvores sem folhas já dá para ver o que há no bosque. Há outros bairros residenciais, campos desportivos, infantários, parques infantis com baloiços e tal, uma escola, e também vi uma quinta com pássaros estranhos (deviam ser galinhas treinadas para o frio ou assim). Por isso sim, há muita coisa, e fiquei surpreendida por saber que havia vida para além das árvores e arbustos que ladeiam os caminhos.

Chegada ao Fäladstorget pude constatar o que já me tinham dito. Mas devo dizer que é surreal, parece um oasis ne civilização na floresta. E tem tudo o que um estudante possa precisar: farmácia, cabeleireiro, florista, supermercado, igreja, multibanco, centro de saúde, dentista, clube de vídeo, pizzaria, "refill center" (um sítio em que se enche tinteiros de impressora), e devo-me estar a esquecer de mais coisas. Tudo isto em edifícios com aspecto mais ou menos de pré-fabricado. E parque de estacionamento.

Fartei-me de tirar fotografias, que poderei publicar quando revelar o rolo. Isto assim é mais giro, tem suspense.

quarta-feira, janeiro 06, 2010

Regresso - Retour

O meu regresso a Lund correu bem.

Na chegada ao aeroporto de Copenhaga voltei a dar-me conta de como o de Lisboa é barulhento - na ida de férias para Lisboa tinha-me perguntado, em Copenhaga, porque é que já não ouvia silêncio, agora sei. No comboio idem aspas, à chegada voltei a ouvir o silêncio que não ouvi à partida em Dezembro. Por acaso esta viagem de comboio (Copenhaga-Lund) foi fantástica, assisti ao pôr do sol no mar, com neve com reflexos cor de rosa (nas costas), e as eólicas na neblina, muito romântico. Tirei fotos... com uma máquina analógica. Isto porque a minha máquina digital "desapareceu" numa noite de ano novo (demasiado) bem passada.

A máquina que estou agora a usar é daquelas antigas automáticas super simples que fazem uma chinfrineira sempre que se tira uma foto. Claro que isto perturbou o silêncio nórdico do comboio e cheguei a ouvir alguns risos sempre que tirava uma foto - devem ter ficado a pensar que eu vinha com a minha mala gigante de um país onde as máquinas digitais ainda não chegaram. Por isso lamento informar os estimados leitores que já não vou ter as fotos diárias. Bem, hão de ser outras, vou ver se scano as analógicas ou assim. Ou faço uns desenhos no paint. Logo vejo, haverá solução.

Quando cheguei a Lund nevava e continua a haver neve por todo o lado. O que não dá jeito, porque as rodinhas da minha mala gigante afundam-se e por isso tive de a arrastar até a casa, o que foi bastante cansativo.

Na minha chegada ao prédio estava um sueco de dois metros à porta e quando eu lhe abri ele disse-me "welcome back". Disponibilizou-se a levar a minha tal mala gigante para cima, ao que eu lhe respondi "no, it's very heavy" (o que eu queria dizer era "por favor não te incomodes que isto está mesmo pesado e eu desenrasco-me"). Ele ficou a olhar para mim com ar esgazeado e pegou na mesma na mala. Aí ainda ficou mais esgazeado "well, it's REALLY heavy". Deve ter pensado que eu era uma super-mulher de metro e meio, ou assim. No corredor fui acolhida por duas corridor-mates com "welcome home"s muito amáveis e pronto, retomei a minha rotina Lundiana.

Compras, jantar, blog, cama.

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