Que ninguém se sinta obrigado a ler este blog... a sério, só o fiz para ver como é, para publicar aquilo que me vem à cabeça... o que nem sempre é interessante. Ne vous sentez pas obligés de lire ce blog... je l'ai fait uniquement comme expérience, pour publier ce que je considère intéressant. Et tout est relatif. Surtout l'intéressance. Bref, bienvenue à mon blog! Bem-vindos ao meu blog!

quinta-feira, outubro 20, 2005

reflexão no metro

Ia eu no metro, linha verde, rumo à Alameda, vendo desfilar a escuridão do lado de lá da janela, observando os rostos indiferentes e cansados dos outros passageiro. Eram 8 horas da noite, o pessoal estava a voltar do trabalho, desejoso por chegar a casa, sentar-se no sofá de comando na mão (?) e descalçar os sapatos. Primeiro gesto indispensável para um bom final de dia. Bem, ia portanto no metro, sentada triunfalmente à janela, naquela floresta de corpos levantados, encostados a varas metálicas ou pendurados nas pegas do tecto (esta frase foi realmente difícil de redigir... aquilo são "pegas"?), exibindo olheiras e expressões carrancudas. Foi no meio daquele silêncio que se ergueu uma voz de mulher jovem, clara, jovial, rompendo o torpor do regresso a casa ao fim dum dia de trabalho; «boa noite minha senhora, é a nova, festivais de verão, a última Cais... boa noite senhores, é a nova... festivais de verão, são dois euros...».

Cais: lugar que, à beira de um rio ou porto, serve para embarque e desembarque de pessoas [e mercadorias] [definição fornecida pelo dicionário Universal da Texto Editora]

Cais: projecto social que, à beira da condição de sem-abrigo ou exclusão social, serve para o melhoramento condições de vida e para dar oportunidade a homens e mulheres de dar novos passos na concretização do seu projecto de vida. [mesma definição, adaptada]
(ok, não tem nada a ver com a do dicionário, mas apreciem a metáfora)

Cais: local de partida, de renovo, começo de uma nova vida... ou simplesmente de algo a que se pode chamar vida... partida para novos horizontes, novas esperanças. Local em que se espera, sozinho, numa manhã fria de Inverno (com o nariz vermelho, encharcado, enfiado no cachecol) pela chegada de um comboio, aquecido nem que seja simplesmente por calor humano, em que nos sentamos entre iguais. O comboio sendo suficientemente grande para nos sentarmos todos. E todos teremos um dia lugar à janela. Nem que seja para ver desfilar a escuridão do Túnel.

2 comentários:

Anónimo disse...

ois!
olha, só digo: amazing
adorei, seria assim que eu faria um blog se tivesse jeito pra escrever, assim só digo porcaria que é o que melhor faço
^0^
three cheers for carolinaaa!!
PS-ja pus a da aula de pce lol

Bernardo Eça disse...

evito ao maximo pensar no metro...dps falho sempre a minha estação

Arquivo do blogue