Que ninguém se sinta obrigado a ler este blog... a sério, só o fiz para ver como é, para publicar aquilo que me vem à cabeça... o que nem sempre é interessante. Ne vous sentez pas obligés de lire ce blog... je l'ai fait uniquement comme expérience, pour publier ce que je considère intéressant. Et tout est relatif. Surtout l'intéressance. Bref, bienvenue à mon blog! Bem-vindos ao meu blog!
segunda-feira, novembro 14, 2005
Voei com um bando de cisnes
Levada pelo vento, pelo ar, a toda a velocidade, encontro-me a uns 10 ou 15m de altura, sobrevoando uma auto-estrada. O meu corpo repousa num pedaço de cartão, do tamanho de uma folha A4, colado na minha barriga pela força do vento. Por baixo, a auto-estrada, pouco frequentada, com um ou outro carro que me ultrapassa e que acompanho com o olhar. De vez em quando sinto ao meu lado a presença branca, elegante e silenciosa de um dos meus companheiros de viagem. Olho para ele, mas o seu olho cercado de negro ignora-me altivamente, sereno, concentrado na rota. Acelera em seguida, juntando-se ao resto do bando, mais à frente. Sentindo-me abrandar, dou mais aos braços, sem ter no entanto a intenção de alcançar os cisnes. Vejo-os de longe, observo o seu voo regular e elegante, as suas silhuetas brancas, e sinto-me ridícula, quando noto que o meu braço esquerdo não tem tanta força como o direito e o meu corpo tem tendência a virar para a esquerda. Tenho portanto constantemente que emendar a minha rota, batendo com mais força o braço esquerdo ou dando impulso com as pernas, ajeitando o pedaço de cartão que se arrisca a escorregar. Preciso também de evitar os fios de alta tensão que atravessam a auto-estrada, passo por cima, ou por baixo, vejo os cisnes lá à frente, a fazer o mesmo. Regularmente, um ou outro abranda para me acompanhar um bocado, sinto alguma cumplicidade, não hesito a dirigir-lhe um olhar, embora saiba que ele não vai deixar de me ignorar. Desfruto a velocidade, o vento na cara, esta sensação de planar.
Chego a Lisboa, encontro-me na Estrada da Luz, com o meu precioso pedaço de cartão debaixo do braço. Quando vou ter com a minha mãe, passo por um jovem, que finjo ignorar sem deixar de o observar pelo canto do olho, e que olha para mim com ar igualmente indiferente. A minha mãe pergunta-me como é que vim para Lisboa. «A voar» respondo eu. Ele tem óculos e parece ligeiramente mais novo que eu (não o reconheci, e não sei dizer a idade dele, fisicamente parecia jovem, mas havia uma certa dureza ou maturidade na sua atitude). A minha mãe obviamente não acredita no que lhe digo, decido portanto fazer uma demonstração. Enquanto tento voltar a voar (sabendo perfeitamente que não vou conseguir) vejo que ele meteu conversa com a minha mãe. Desisto e vou ter com eles ligeiramente frustrada por não conseguir voltar a voar. Ele abraça-me, sério, explicando-me que às vezes também lhe acontece destas coisas e que me compreende, e a partir daí não me lembro mais.
That was my dream. Há imenso tempo que não fazia um sonho destes, com experiências e sensações novas (nunca tinha voado antes); com princípio, meio e fim. Fiquei no entanto com curiosidade sobre o seu significado, sobre a simbologia que podem ter os cisnes. Na net há várias versões, cada uma menos credível que a outra... Se alguém tiver alguma ideia, não hesite em dizer-me qualquer coisa. O meu irmão já teve a ideia da gripe das aves e da importância das rotas migratórias... mas duvido que tenha alguma coisa a ver... e daí... tatãããã... =P
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7 comentários:
Não sei qual seja o significado do sonho. Mas o texto é lindo. De Seul, nas asas de um cisne, um abraço grande.
ya, ok mitch, essa versão eu ja conhecia... mas n seria mais atribuível a um gajo? d qqer maneira todas as interpretações + ou - realistas d voos são taradices, eu refería-m a simbologia do CISNE lol
espero q n t ofendas s censuro... n sei bem kem s arrisca a ler isto =P seja como for n deixo d tomar em consideração lol
bjs
"C'est le propre de la censure violente d'accréditer les opinions qu'elle attaque."
[Voltaire]
Extrait du Poème sur le désastre de Lisbonne
Les rêves sont les clés pour sortir de nous-mêmes...
Les rêves sont les clés pour sortir de nous-mêmes,
Pour déjà se créer une autre vie, un autre ciel
Où l'âme n'ait plus rien retenu du réel
Que les choses selon sa nuance et qu'elle aime :
Des cloches effeuillant leurs lourds pétales noirs
Dans l'âme qui s'allonge en canaux de silence,
Et des cygnes parés comme des reposoirs.
Ah ! toute cette vie, en moi, qui recommence,
Une vie idéale en des décors élus
Où tous les jours pareils ont des airs de dimanches,
Une vie extatique où ne cheminent plus
Que des rêves, vêtus de mousselines blanches...
Or ces rêves triés ont de câlines voix,
Voix des cygnes, voix des cloches, voix de la lune,
Qui chantonnent ensemble et n'en forment plus qu'une
En qui l'âme s'exalte et s'apaise à la fois.
De même la Nature a fait comme notre âme
Et choisi, elle aussi, des bruit qu'elle amalgame,
Se berçant aux frissons des arbres en rideau,
Lotionnant sa plaie aux rumeurs des écluses...
Voix chorale qui sait, pour ses peines confuses,
Unifier des bruits de feuillage et d'eau !
Le Règne du silence. Par Rodenbach
Pour finir ma liste de commentaire un extrait d'un rêve d'une fille :
"J'ai fait un rêve cette nuit:
Sur la rive d'un lac j'accédais a un paysage harmonieux et paisible ou la beauté se magnifestait surtout a travers un grand cygne blanc qui nageait ici dans l'étendu d'eau entourée de flore spécifique comme on trouve en ces lieux: roseaux..et autres décorum de verdure aquatique."
Elle dit encore que cygnes = "sentiment de beauté et d'harmonie."
voila
bisous
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