Que ninguém se sinta obrigado a ler este blog... a sério, só o fiz para ver como é, para publicar aquilo que me vem à cabeça... o que nem sempre é interessante. Ne vous sentez pas obligés de lire ce blog... je l'ai fait uniquement comme expérience, pour publier ce que je considère intéressant. Et tout est relatif. Surtout l'intéressance. Bref, bienvenue à mon blog! Bem-vindos ao meu blog!

sexta-feira, setembro 29, 2006

"el eslabón perdido entre el mono y el hombre"

«En cierta forma, (...) el humano no es fruto de la perfección, sino de una enfermedad. El mutante del que procedemos tuvo que ponerse en pie por algún problema patológico. Se encontraba en clara inferioridad frente a sus predecesores cuadrúpedos. No hablemos ya de la pérdida del rabo y del pelo. Desde el punto de vista biológico, era una calamidad. Yo creo que la risa la invento el chimpancé la primera vez que se encontró en aquel escenario con el Homo erectus. Imaginaos. Un tipo erguido, sin rabo y medio pelado. Patético. Para morir de risa.
(...)
En las clínicas atendemos casos de mareo y vértigo que se producen cuando el humano se pone en pie de repente, vestigios del desarreglo funcional que supuso adaptarse a la verticalidad. Lo que sí tiene el humano es nostalgía de lo horizontal. En cuanto al rabo, digamos que es una rareza, una deficiencia biológica, que el hombre no lo tenga, o lo tenga digamos que cortado. Esa ausencia de rabo no debe de ser un factor despreciable para explicar el origen del lenguaje oral.
(...)
A ras de la tierra, el mutante erecto le devolvió la risotada al chimpancé. Reconoció el escarnio. Se sabía defectuoso, anormal. Y por eso también tenía el instinto de la muerte. Era a la vez animal y planta. Tenía y no tenía raíces. De ese transtorno, de esa rareza, surgió el gran ovillo. Una segunda naturaleza. Otra realidad. Eso que el doctor Nóvoa Santos llamaba la realidad intelligente.
»

Manuel Rivas, El lápiz del carpintero


NB - mudei o tamanho da letra porque considero que o texto que se segue pode ter duas leituras: o que está em grande é o que tem mais piada, mas lendo até ao fim é que se percebe que existe um raciocínio mais elaborado.

quinta-feira, setembro 28, 2006

monólogo no autocarro

… as pessoas é que não sabem falar… até parece que têm medo. Havia de ser comigo… atão os polícias podem bater-lhes até à morte, e a gente, com um par de chapadas, vai a tribunal. Era isto, que eu dizia ao juiz. Eu já chamei burro ao juiz. Eles lá dentro podem-lhes bater, mas é lá dentro, e ninguém vê, mas eles batem-lhes quase até à morte; e nós, basta um par de chapadas e vamos logo presos. Se uma pessoa agora não pode bater nos filhos… passava a vida lá, farto-me de dar porrada aos meus… agora as pessoas até parece que têm medo dos filhos… é uma pouca vergonha. Já no outro dia o meu, de trinta anos, disse-me: mãe, vou [nãomelembronde], e eu disse-lhe: então vai, tás à espera que eu te leve ao colo, não? Eu levo-te se queres ver… ou queres que dê um… um carrinho… de rodas?! Anda estica as perninhas, que já tens trinta anos… e o outro de dezassete… têm que aprender. Isto é assim, as pessoas parece que têm medo… medo de falar… eu cá não me calo, até já chamei burro ao juiz…

segunda-feira, setembro 25, 2006

gostei...

Ève avant nous avait compris
Que l'homme sans le Paradis
Vaut mieux qu'un Paradis sans hommes
Dieu me pardonne!

je l'ai entendu dans une musique chantée par Pauline Julien (il faut que j'aille voir se c'est d'elle)

Elfos... e shopping

Hoje de manhã no autocarro vi uma elfo. Daquelas com penteado impecável, acabado de sair do cabeleireiro, cara perfeita e maquilhada, fato azul-escuro, justo, passado a ferro. Sentou-se no banco de frente para mim. Via-se a palidez apesar da maquilhagem, passou a viagem a olhar pela janela com olhos cansados cercados por olheiras. Mas talvez seja normal, estava fora do seu habitat natural… eu quando estou lá também nunca me sinto à vontade. Aquela música de fundo, tanta roupa por onde escolher, uma luz demasiado forte, pessoas que não têm nada a ver comigo… ninguém parece pertencer àquilo, menos elas, as funcionárias, as elfos. Elas sim, pertencem àquele universo, em que todos os seres usam roupa nova, imaculada, sabem tudo, onde estão as coisas, se há, se não há. Eu devo dizer que tenho uma certa dificuldade em me orientar naquele mundo… há demasiada roupa, não consigo perceber a lógica da disposição dos artigos, aquela luz, aquele ambiente não me deixam ver claramente as cores, não me consigo imaginar com aquilo vestido; quando por fim encontro algo com que me identifico é preciso primeiro encontrar o tamanho adequado (sim, porque parece que sou pequena e tal, mas depois quando vou às compras tenho de ser das primeiras pessoas a ver a nova colecção, visto que os tamanhos mais pequenos são os que desaparecem primeiro), o preço – que em geral explica como é possível aquela peça de roupa estar ainda no mostrador; e os provadores: eu sou daquelas criaturas que costumam circular com toneladas de artigos ao colo, com os olhos perdidos no vazio, sem saber para onde ir, na esperança de encontrar uma elfo informadora “mesmo aqui à frente, está escrito ali na placa”. Quando entro há outra que me diz “só se pode experimentar 6 peças de cada vez no máximo”, experimento a roupa, contemplo ao espelho, desesperada, a minha pele branca que fica sempre ou amarelada, ou esverdeada, ou azulada consoante a iluminação da loja, e, depois de experimentar… escolho, máximo dos máximos, 2… ou 3 peças para levar. Quando chego a casa constato que não me aguento em pé, que andei 6horas no centro comercial (talvez esteja a exagerar… mas o facto é que costumo perder completamente a noção do tempo), sem comer, sem me sentar, para comprar um par de meias e 2 T-shearts ranhosas. C’est la vie…

quinta-feira, setembro 21, 2006

Experiência... fatal?

Estive a experimentar códigos para mudar o look do blog... acho que fiz porcaria, mas mudo isto tudo outra vez, logo que tiver tempo.

Hey!!!!

Wait, wait, wait...! Pára tudo... nãããããããããããooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Deixei passar o aniversário!

Meus senhores, minhas senhoras, caros leitores: o "Experiência(s)" fez, dia 6 do presente mês, 1 ano!!!! (aplausos)

Messieurs-Dames, mes très chers lecteurs: ce blog, "Experiência(s)" a pu fêter, le 6 de ce mois-ci, son 1er anniversaire!!!! (applaudissez-le bien fort)

Je suis allée voir mon premier post... tão kridooooo!!!!! Foi enternecedor ver a minha primeira tentativa de post... tão tosca... aiai... snif... é como ver o velho álbum de fotografias com os meus primeiros passos... como o tempo passa... enfim... é assim a vida...

http://istonaoenadafacil.blogspot.com/2005/09/primeiro-texto-tipo-introduo-ou-assim.html

Sreet Parade de Zürich...

... chovia a potes, por isso é que me lembrei de pôr este post hoje de manhã. Não fui eu que tirei as fotos... algumas acho que foi o Thomas, outras a minha mãe... Trata-se de um festival de techno em que o pessoal vai disfarçado... ou despido... enfim, vê-se de tudo.

Este é um "valaisan" que, ao que parece, costuma aparecer neste tipo de eventos: vai com chocalhos de vacas (aquelas que se costumam ver nos verdes campos de Suíça... roxas e com escrito MILKA nas manchas) e bandeirinhas do canton du Valais.



Estes são uma família, iam duas senhoras, um senhor e um puto, todos vestidos de preto, com perucas feitas de balões de todas as cores.



Aqui já se vê uma população mais techno, acho que era na Bahnhofstrasse mas já não tenho a certeza. Havia pessoas vestidas normalmente, e algumas de roupa interior, lingerie sexy (apesar da chuva!) , etc...


Muchos jóvenes, como se pode constatar... esta menina de côr-de rosa fez um belo sorriso ao Thomas =P

Pelnas, muitas pelnas. Havias meninas que punham colans, outras nem isso...


Estes são góticos, penso eu de que...


Pelucas... muitas pelucas... acho que foi nesta passadeira que a mãe viu passar um senhor nu... com uma pele de leopardo nas partes intimas (para não apanharem frio, visto que apesar de ser a meio do mês de Agosto chegou a chover como hoje de manhã em Lisboa).

terça-feira, setembro 19, 2006

Crash

A inovação do Crash é trazer para a praça pública uma exposição de veículos acidentados, uma realidade diária que suscita a curiosidade do grande público, alertando-o por um lado, para a prevenção rodoviária, e chocando-o, por outro, com a visão directa do resultado dos acidentes rodoviários.
http://www.cienciapt.net/congressosdesc.asp?id=5045

Foi ontem de manhã, quando passei de autocarro pela praça do comércio, a caminho da faculdade. Eram aí umas 11h (mais do que horas para estar o pessoal a trabalhar...) e estava uma multidão a ver a exposição. No autocarro toda a gente se virou, de olhos a brilhar, e a comentar "olha, é a exposição dos carros" "chiiii! olha práquele, todo desfeito!".
Será que "A Terra Vista do Céu" teve tanto sucesso? Não; tal como nos engarrafamentos na autoestrada quando há acidentes e toda a gente abranda para ver, aqui logo de manhãzinha, nem é preciso estar de carro nem nada. Todos temos o privilégio de nos aproximar, de ir rondar à volta dos carros desfeitos. Os acidentes agora são assumidamente espectáculo, uma exposição para curiosos, para o "badaud" que existe em cada um de nós. Ainda não fui ver (não sei se irei), portanto não sei como está feito, mas parece-me uma falta de consideração para os que estavam nesses mesmos carros... pensando melhor, até sou capaz de ir lá dar uma voltinha, talvez consiga encontrar rastros de sangue, ou pedaços de cérebro colados ao pára-brisas.

terça-feira, setembro 12, 2006

foto



Imagem retirada de www.olhares.com, intitulada "ouro".


Autor: Rui j Santos
Data: 2006-09-09 00:57

palavras que se ouvem... e que ficam II

"Há dois tipos de pessoas: as que consideram que merecem ser felizes, e as que, sempre que algo de maravilhoso lhes acontece, consideram que outros deveriam estar no seu lugar"

Não sei se se trata de merecer... penso que por aí todos merecemos... enfim, a frase ficou-me.

quinta-feira, setembro 07, 2006

palhinha

Realmente... foi ao ler outro blog que me dei conta de que não sou a única pessoa a quem isto acontece... porquê é que há alturas (nomeadamente quando se cria um blog) em que apetece escrever tudo e mais alguma coisa, e outras em que simplesmente se estagna? Antes tinha sempre momentos para contar, comentar... actualmente é o vazio sideral. Ou será que também se "cria" algo com a necessidade de actualizar o blog? Como agora... MEUS AMIGOS, ESTAIS NESTE MOMENTO A LER PURA PALHA.

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