Que ninguém se sinta obrigado a ler este blog... a sério, só o fiz para ver como é, para publicar aquilo que me vem à cabeça... o que nem sempre é interessante. Ne vous sentez pas obligés de lire ce blog... je l'ai fait uniquement comme expérience, pour publier ce que je considère intéressant. Et tout est relatif. Surtout l'intéressance. Bref, bienvenue à mon blog! Bem-vindos ao meu blog!

quinta-feira, março 23, 2006

Porquê...

Porquê... mas porque é que tem de estar este tempo? As palmeiras já parecem todas malucas... E os pinguins? Porque é que têm esta mania de comer as bananas verdes? É que nem esperam que estejam maduras!!! Será que não sabem o que é uma espécie em vias de extinção? São todos uns incompetentes. A culpa é deles!!! Ainda por cima o Sporting ontem perdeu... Mas que chatos. É o que eu digo. Do meu tempo... ai ai... estes pinguins de hoje em dia... pff

segunda-feira, março 20, 2006

AAAAAAARRGGGHHH!!!!!!!!!!!!!!

Nããããooooooooooo!!!!!!!!!!!
Já me tinha esquecido do texto original... e a tradução é péssima (quem é que confunde "onda" com "maré"?):

«Mais savez-vous, Monsieur Brul, que c’est ignoble, d’imposer à des enfants une régularité d’habitudes qui dure seize ans? Le temps est faussé, Monsieur Brul. Le vrai temps n’est pas mécanique, divisé en heures, toutes égales… le vrai temps est subjectif… on le porte en soi… Levez-vous à sept heures tous les matins… Déjeunez à midi, couchez-vous à neuf heures… et jamais vous n’aurez une nuit à vous… jamais vous ne saurez qu’il y a un moment, comme la mer s’arrête de descendre et reste, un temps, étale, avant de remonter, où la nuit et le jour se mêlent et se fondent, et forment une barre de fièvre pareille à celle que font les fleuves à la rencontre de l’océan. On m’a volé seize ans de nuit, Monsieur Brul… (…) Voilà pourquoi j’ai triché.»
L'Herbe Rouge, Boris Vian

segunda-feira, março 13, 2006

há um momento, como quando a onda pára...

«mas sabia, senhor Brul, que é ignóbli impôr às crianças uma regularidade de hábitos que dura dezasseis anos? O tempo é falsificado, senhor Brul. O verdadeiro tempo não é mecânico, dividido em horas todas iguais… o verdadeiro tempo é subjectivo… trazemo-lo em nós… Levante-se todas as manhãs às sete horas… Almoce ao meio-dia… Deite-se às nove horas… e nunca terá uma noite para si… nunca poderá saber que há um momento, como quando a onda pára de descer e fica por um lapso queda antes de subir de novo, em que a noite e o dia se misturam e se fundem e formam uma barra de febre semelhante à que os rios fazem ao se encontrarem com o oceano. Roubaram-me dezasseis anos de noite… eis a razão porque eu fiz batota.»

Boris Vian, A Erva Vermelha

(imagem tirada de: www.olhares.com
Autor: LUÍS J P MANJERICO
Data: 2005-02-15 12:26:46)

segunda-feira, março 06, 2006

cena triste

Personagens: Me, Polícia municipal, Mãe, Filho.

Cenário: sentada num banco de rua, com um livro na mão, A Caverna do Saramago se bem me lembro; à minha frente ondulava levemente a tela verde-escuro-esburacado de uns andaimes de onde emanava um cheiro pouco agradável (é a minha especialidade: encontrar sítios confortáveis e tranquilos para ler). À minha direita estava um carro mal estacionado, no passeio.

O carro já tinha aquelas coisas amarelas para bloquear as rodas e encontrava-se ao lado dele um polícia do mais tuga possível: bigodaça, ventre avantajoso, etc, etc… saca de um autocolante daqueles que se colam na janela da viatura transgressora do Código e põe-se a escrever algo. Nesse momento passa atrás do meu banco uma mãe, com pelo menos dois sacos de plástico numa mão e a mão do filho na outra (penso que me fiz entender).

FILHO: Olha mãe! Um polícia! O quéquele tá a fazer?

MÃE: Tá a pôr uma multa no carro que está mal estacionado. Tás a ver aquelas coisas amarelas nas rodas? É porque assim o dono do carro já não o pode tirar dali e tem mesmo que ir pagar a multa.

FILHO: Uau! Não tenho a certeza deste uau mas fica bem.

A mãe e o filho ficam a observar o representante da autoridade.

Nisto, o senhor polícia, que já tinha acabado de escrevinhar tudo, prepara-se para colar o referido autocolante e tira o papel (daqueles que os autocolantes têm atrás e que se tiram para se poder colar o autocolante). Como bom exemplo para os dois atentos observadores (três a contar comigo), atira vigorosamente o papel por cima do ombro, para o chão, cola o autocolante no vidro da viatura, coça o bigode e vai-se embora. A mãe puxa o filho pela mão: “Anda, temos de ir lanchar”.
Eu contenho o riso.

domingo, março 05, 2006

le temps...

«Le temps n'est pas de l'argent, il est la vie même, la seule manière de le gagner consiste précisément à le perdre»

(pris du résumé de "L'Histoire sans fin" de Michael Ende)

sexta-feira, março 03, 2006

40km/h


Estes últimos tempos tenho voltado para casa à boleia com people do teatro e aprendi algo relativamente interessante: ao que parece, quem percorre a av. 24 de Julho a 40 km/h (refiro-me os automobilistas) não tem de parar o carro uma só vez, e apanha todos os sinais verdes. O sistema foi estabelecido de propósito para que quem anda a altas velocidades tenha de parar regularmente, chegando finalmente ao mesmo tempo que aqueles que se limitam aos 40. O trajecto é assim feito practicamente no mesmo lapso de tempo, gasta-se muito menos gasolina do que no acelero-travo-arranco-acelerodenovo-tenhoquetravaroutravez. É portanto um sistema +económico, +ecológico, para além de +seguro e ainda por cima dá para gozar com os trols que se divertem a ultrapassar toda a gente para depois ter de parar no semáforo seguinte =P.

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