Que ninguém se sinta obrigado a ler este blog... a sério, só o fiz para ver como é, para publicar aquilo que me vem à cabeça... o que nem sempre é interessante. Ne vous sentez pas obligés de lire ce blog... je l'ai fait uniquement comme expérience, pour publier ce que je considère intéressant. Et tout est relatif. Surtout l'intéressance. Bref, bienvenue à mon blog! Bem-vindos ao meu blog!

terça-feira, junho 15, 2010

Parque zoológico


Na semana passada tivemos uma excursão ao jardim zoológico com o lab. Foi o povo todo de autocarro até ao Skånes Djurpark, parque de animais escandinavos, onde tivemos direito a uma visita guiada pelos carnívoros do parque com o funcionário encarregado deles (dos carnívoros. Já não sei escrever português...).
Começámos pelos ursos:
Havia um pai, uma mãe e três filhotes. Os "jovens" estavam separados dos pais por serem machos e correrem o risco de rivalizarem com o pai e de acabarem por lutar. Aqui foi-nos explicado que na natureza, quando um macho encontra uma fêmea com crias, mata as crias e acopla-se (esta palavra existe?) com a fêmea. No entanto, existem estudos que indicam que os machos, se encontram uma fêmea que reconhecem (e com a qual em princípio se reproduziram), não matam as crias. O nosso guia concluiu que é essa a razão pela qual uma fêmea urso se reproduz (gosto mais desta palavra) com pelo menos cinco ou seis machos ao longo da vida: se se voltar a cruzar com um macho talvez este a reconheça e por via das dúvidas não lhe mate as crias. Que filme.


Os ursos metiam um certo respeito, mas o tratador explicou-nos que na Suécia são vegetarianos e alimentam-se de frutos silvestres. Aqui eram alimentados à base de maçãs e melões. O pai tinha sido encontrado enquanto cria com mais dois irmãos numa linha de caminho de ferro, em que a mãe tinha sido atropelada. Foram depois os três criados em jardins zoológicos nórdicos. Pronto, estas foram as estórias dos ursos.

Depois fomos ver os linces.


A fêmea estava a dormir, gravidérrima. Ou prenhérrima, já que se trata de um animal. O macho patrulhava a vedação. Aqui foi-nos explicado que parte do patrulhamento do lince consiste em urinar para marcar território. Neste caso, a urina começou a corroer a própria vedação, que teve de ser revestida com uma camada protectora para não se desfazer com tanto patrulhamento. O guia descreveu-nos os dotes de caçadores do linces, que caçam, em solitário, presas muito maiores do que eles graças a uma garras enormes (não me lembro das dimensões) e retracteis. Perguntei então ao guia de que eram alimentados os linces (partindo do princípio de que não eram vegetarianos) e a resposta surpreendeu-me: cavalos. Na Suécia há muitas pessoas que doam os cavalos velhos, ou lesionados, a jardins zoológicos para alimentar os carnívoros. É gratuito, contrariamente ao matadouro que custa uma fortuna (eu não fazia ideia). Aqui perguntei se matavam os cavalos antes de os "entregar" aos carnívoros, o que suscitou muitas gargalhadas (que eu não esperava) e a resposta foi que exceptuando o caso das serpentes, é proibido alimentar animais em cativeiro com outros animais vivos.

A seguir fomos ver o que se chama em inglês o Wolverine. Não sei como se chama em português mas é um bicho a meio caminho entre o lobo e o urso. Estavam amuados por se ter andado a cortar a relva no território deles - foi-nos dito mesmo isto - por isso não os vimos. Mas o guia contou-nos algo que me fascinou: nestes bichos, a fêmea tem um mecanismo qualquer, em que, quando o óvulo é fertilizado, o útero só o "acolhe" se ela achar que sim. Ou seja, se tiver reservas de carne suficientes para um inverno, se se sentir segura no território, etc. Basicamente, tem um método de contracepção incorporado. Fantástico! (também quero! tipo ah e tal, ainda não acabei o doutoramento, é melhor não fazer bebés... olha agora não dá jeito que a casa não é suficientemente grande para mais um... etc.) O pessoal do parque estava entusiasmadíssimo porque o facto de ela estar prenha significava que as condições de cativeiro são óptimas.

Por fim vimos o gato selvagem. Resume-se a um gato grande com a ponta da cauda preta. Nada de mais para contar:


No final fomos ver a alimentação das focas nórdicas. Não se vê focas na foto (estão dentro de água), mas assistimos a batalhas memoráveis entre as focas, as gaivotas... e uma cegonha que andava de um lado para o outro como quem não quer a coisa:

domingo, junho 06, 2010

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