Que ninguém se sinta obrigado a ler este blog... a sério, só o fiz para ver como é, para publicar aquilo que me vem à cabeça... o que nem sempre é interessante. Ne vous sentez pas obligés de lire ce blog... je l'ai fait uniquement comme expérience, pour publier ce que je considère intéressant. Et tout est relatif. Surtout l'intéressance. Bref, bienvenue à mon blog! Bem-vindos ao meu blog!

sexta-feira, junho 30, 2006

Silêncios

Toca o telefone
Inês atende: estou?
Resposta do outro lado: … olá… sou eu. … tudo bem?
Ah olá! Sim, está tudo, e contigo?
Tudo fixe…
… ainda bem

… hum… tás-me a telefonar por alguma razão em especial?
… (risos sussurrados) …


… Pedro… ainda estás aí?
… (risos de novo sussurrados) … sim

E de novo aqueles silêncios.
Ela já se começara a habituar. Havia alturas em que ele simplesmente se calava. Ao princípio fazia-lhe impressão, e insistia, tentava fazê-lo falar (é incrível o absurdo de certas perguntas, nestas circunstâncias...). E depois habituou-se. E começou também a ficar calada. E ficavam ambos em silêncio, ao telefone, sem esperar nada, nem perguntas, nem respostas, nem novidades. Simplesmente a ouvir o silêncio, por vezes a respiração, um do outro.
Que estupidez.

sexta-feira, junho 02, 2006

nuvens em céu azul...

Fotos tiradas na viagem de comboio... daí os reflexos do vidro, mas por acaso até acho que fica giro...
ainda não me fartei da viagem =) pelo contrário


... águas livres...
o Tejo. O tipo que estava sentado à minha frente a ler o Destak, e o reflexo dos bancos =P

You're looking at me, aren't you?

Fotos tiradas antes de um espectáculo da erva:

... com aquela luz a lâmpada até parecia viva. (fica +fixe se se clicar na foto par ver grande...)


Cenário de Hostal =P... corredor da cave, no dia em que tivemos de adaptar o espectáculo a um espectador de cadeira de rodas.

"Tiene acero. Acero y plata de luna, al mismo tiempo."

Platero es pequeño, peludo, suave; tan blando por fuera, que se diría todo de algodón, que no lleva huesos. Sólo los espejos de azabache de sus ojos son duros cual dos escarabajos de cristal negro.
Lo dejo suelto, y se va al prado, y acaricia tibiamente con su hocico, rozándolas apenas, las florecillas rosas, celestes y gualdas… Lo llamo dulcemente: «Platero?», y viene a mí con un trotecillo alegre que parece que se ríe, en no sé qué cascabeleo ideal…
Come cuánto le doy. Le gustan las naranjas, mandarinas, las uvas moscateles, todas de ámbar, los higos morados, con su cristalina gotita de miel…
Es tierno y mimoso igual que un niño, que una niña…; pero fuerte y seco por dentro, como de piedra. Cuando paso sobre él, los domingos, por las últimas callejas del pueblo, los hombres del campo, vestidos de limpio y despaciosos, se quedan mirándolo:
— Tien’ asero…
Tiene acero. Acero y plata de luna, al mismo tiempo.


Platero y yo, Juan Ramón Jiménez

AAAAARRRRGGGGGHHHH!!!!!! Não dá para fazer pontos de interogação ao contrário... o texto perde logo metade do charme... sorry.

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